A Prefeitura de Marília, por meio da Secretaria Municipal de Educação, concluiu a compra de 20 itens alimentícios indicados para pessoas com dieta restritiva (intolerância alimentar alergias). Os produtos serão servidos nas escolas municipais e beneficiarão centenas de crianças. É a primeira vez na história que esse tipo de produto é adquirido para a merenda.
Sensibilizado pela causa, que mobiliza dezenas de pais em Marília, o prefeito Daniel Alonso já havia manifestado preocupação desde o início da gestão com a alimentação das crianças que apresentam algum tipo de restrição.,
“Oferecer um cardápio para alguns, e outro tipo de alimento para outros, não é bom. O ideal é que tenhamos produtos equivalentes, sem aqueles ingredientes que fazem mal ao organismo da criança. Isso é promover o respeito e a igualdade. É carinho e garantia de dignidade para as nossas crianças. Estamos muito felizes com esse investimento”, disse o chefe do Executivo.
O empenho da equipe da Coordenadoria de Alimentação Escolar, com a confiança da gestão Daniel Alonso, garantiu a compra de produtos como achocolatado; óleo de girassol, milho e canola; cookies; barras de cereal; farinha de arroz; polvilho doce e azedo; creme vegetal sem leite; fécula de batata, entre outros itens.
A coordenadora de alimentação escolar e ex-diretora de escola, Maria Sidinéia Gomes Ragonha, explica que o CAE (Conselho de Alimentação Escolar), por meio da presidente Patrícia Felicíssimo Pereira e demais integrantes, teve papel fundamental para a conquista.
“O Conselho trouxe a reivindicação dos pais, a preocupação das escolas, tem acompanhado todo o processo e atuou, inclusive, na verificação dos atestados médicos apresentados pelas famílias. Foi um grande parceiro para que chegássemos até aqui”, destacou a coordenadora.
LICITAÇÕES “DESERTAS”
Motivo de preocupação dos pais e educadores, a restrição alimentar e as alergias ainda não estão entre as prioridades da maioria dos fornecedores que participam das licitações do Poder Público.
A servidora do setor de compras da Coordenadoria de Alimentação, Camila Dias Correa de Oliveira, conta que há vários anos a Prefeitura de Marília já tentava adquirir esse tipo de itens. As licitações sempre terminavam “desertas”, ou seja, sem interessados.
“O motivo, possivelmente, é que o volume não é tão grande, como a alimentação geral. Sem a expectativa de uma grande aquisição, não havia interesse. O que fizemos foi um trabalho de negociação bem insististe. Temos que registrar também a confiança que tivemos da gestão, que nos ouviu sobre as necessidades e confiou em nosso trabalho”, disse a responsável pelo setor de compras.
NOVO SISTEMA
Mudança com relação à entrega da merenda (ponto a ponto), nas unidades escolares, realizada há um ano e três meses melhorou o sistema e economizou cerca de R$ 2 milhões, com a otimização dos alimentos.
A ideia da mudança partiu do próprio prefeito Daniel Alonso e foi implantada em fevereiro de 2018 junto com o secretário municipal da Educação, Prof. Helter Rogério Bochi. Agora o recebimento, o manuseio e o armazenamento dos alimentos são feitos pelos atendentes de escolas (merendeiros), sob gerência dos diretores.
Antes os alimentos eram armazenados e estocados embaixo das arquibancadas do Estádio Bento de Abreu Sampaio Vidal. O cálculo dessa economia foi realizado baseado no rendimento de alimentos que o novo sistema proporciona.
Até o final do governo Daniel Alonso serão economizados cerca de R$ 2,5 milhões, gerando um total de R$ 4,5 milhões nos três anos pós-mudança.
Fotos: Mauro Abreu/Assessoria de Imprensa
Fonte:Prefeitura de Marília