Integrados à sociedade, respeitados em suas liberdades, os pacientes dos Caps (Centros de Atenção Psicossocial) contam hoje com estrutura e suporte profissional para lidar com os transtornos da mente. O fator humano é fundamental no tratamento.
Na manhã desta quarta-feira (12), o prefeito Daniel Alonso visitou as duas unidades do serviço, onde ouviu histórias emocionantes. Atualmente, 550 pessoas são atendidas por equipe multidisciplinar.
Prefeito conversou com pacientes, como Maria Helena Santos, 50 anos, moradora no Jardim Califórnia. “Aqui nós encontramos carinho, afeto, bons conselhos, remédio, gente que entende a gente. Lá fora muita gente não entende que não estamos bem de saúde, julga como ‘frescura’. Se não fossem eles (profissionais) não sei o que teria sido de mim”, disse.
A Prefeitura mantém o Caps Com-Viver para adultos e o Catavento, que atende crianças e adolescentes. “Depoimentos como esse nos alegram. Acredito que essa é a síntese da missão. Tão importante quanto o remédio é o carinho, o acolhimento”, disse Daniel Alonso.
CAPS PARA QUEM?
Estas unidades são indicadas a pessoas com transtornos mentais graves ou moderados, sendo os principais esquizofrenia, bipolaridade, TDAH – Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade, Transtorno Opositor Desafiador e outras psicopatologias como depressão e comportamentos de automutilação.
Acompanhado do secretário municipal da Saúde, Ricardo Mustafá, o prefeito foi recebido pelas gestoras das unidades (Sátia Regina Alves e Luciana Moraes dos Santos – interina) e pela supervisora da Saúde Mental, Simone Cotrim e demais servidores.
O Prefeito de Marília conversou com as equipes e com pacientes, ouviu relatos, dramas pessoais, história de superação, de gratidão e também reivindicações. A supervisora da Saúde Mental destacou que o atual momento é histórico, por dois motivos.
“Primeiro, porque nunca tivemos tamanha estrutura humana e material para trabalhar. E também porque vemos o aumento no número de pacientes. Isso não significa que as pessoas estão adoecendo mais. A realidade é que hoje tem mais gente buscando ajuda. Há mais informação e encorajamento para enfrentarmos o problema”, disse Simone.
NOVO TEMPO
Em 2016 o Caps Infantil Catavento (crianças e adolescentes) estava sem nenhum médico psiquiatra. Também faltavam profissionais de outras áreas, como assistência social e enfermagem. Já no Caps Com-Viver, além da falta de servidores em várias áreas, faltava o básico em infraestrutura.
No ano passado, o Com-Viver ganhou casa nova, com a mudança de um imóvel antigo, e inadequado, para uma ampla e moderna instalação perto do Yara Clube (zona leste).
“De imediato ampliamos o atendimento, mas estávamos com a dificuldade do número reduzido de médicos para os Caps. Com as novas contratações, melhoramos o quadro do Com-Viver e, à época, completamos as equipes do Catavento”, afirmou a supervisora.
Atualmente são 271 adultos (Com-Viver) e quase 200 crianças e adolescentes (Catavento). Os Caps são “porta-aberta” na rede SUS (Sistema Único de Saúde), ou seja, não necessitam de encaminhamento de outras unidades, basta comparecer para o acolhimento, às 7h, de segunda a sexta-feira.
SERVIÇO
O Caps Com-Viver está localizado na rua Marques de São Vicente, 322, bairro Maria Izabel. O telefone é o (14) 3434-2037. Já o Catavento fica na rua Alcides Nunes, 1.100 (atrás do Lar Amelie Boudet). Mais informações pelo (14) 3451-1660.
Fotos:Prefeitura de Marília